29 de mar. de 2009
27 de mar. de 2009
A GRATIDÃO
O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrina
Os olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto.
Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. "é para minha irmã Pode fazer um pacote bem bonito?"
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: "quanto dinheiro você tem?"
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: "isto dá, não dá?"
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.
- Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos seus olhos."
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
- Tome, leve com cuidado.
Ela saiu feliz, saltitando pela rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de longos cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou:
- Este colar foi comprado aqui?
- Sim, senhora.
- E quanto custou?
- Ah, falou o dono da loja, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o freguês.
A moça continuou: "mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!"
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem.
- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar - disse ele.
- Ela deu tudo o que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.
..........................
Verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para os gestosde ternura.
E a gratidão é sempre a manifestação dos espíritos que têm riqueza de emoções e altruísmo.
Sê sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém.
Gratidão, como amor, é também dever que não apenas aquece quem recebe, como reconforta quem oferece.
Mente Humana
24 de mar. de 2009
O PODER DA EDUCAÇÃO
O PODER DA EDUCAÇÃO Conta-se que o legislador Licurgo foi convidado a proferir uma palestra a respeito de educação. Aceitou o convite, mas pediu, no entanto, o prazo de seis meses para se preparar. O fato causou estranheza, pois todos sabiam que ele tinha capacidade e condições de falar a qualquer momento sobre o tema e, por isso mesmo, o haviam convidado. Transcorridos os seis meses, compareceu ele perante a assembléia A cena foi dantesca e chocou a todos. Uma grande admiração tomou conta da assembléia e os corações pareciam saltar do peito. Ninguém conseguia entender o que Licurgo desejava com tal agressão. Mesmo assim, ele nada falou. Tornou a repetir o sinal convencionado e a outra lebre foi libertada. A seguir, o outro cão. O povo mal continha a respiração. Alguns mais sensíveis levaram as mãos aos olhos para não ver a reprise da morte bárbara do indefeso animalzinho que corria e saltava pelo palco. No primeiro instante, o cão investiu contra a lebre. Contudo, em vez de abocanhá-la deu-lhe com a pata e ela caiu. Logo ergueu-se e se pôs a brincar. Para surpresa de todos, os dois ficaram a demonstrar tranqüila convivência, saltitando de um lado a outro do palco. Então, e somente então, Licurgo falou; "Senhores, acabais de assistir a uma demonstração do que pode a educação. Ambas as lebres são filhas da mesma matriz, foram alimentadas igualmente e receberam os mesmos cuidados. Assim igualmente os cães". "A diferença entre os primeiros e os segundos é, simplesmente, a educação". E prosseguiu vivamente o seu discurso dizendo das excelências do processo educativo. "A educação, baseada numa concepção exata da vida, transformaria a face do mundo". "Eduquemos nosso filho, esclareçamos sua inteligência, mas, antes de tudo, falemos ao seu coração, ensinemos a ele a despojar-se das suas imperfeições. Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tornarmos melhores". Percebe-se, portanto, que: A educação não se constitui em mero estabelecimento de informações, mas sim de se trabalhar as potencialidades interiores do ser, a fim de que floresçam, à semelhança de bela e perfumada flor. Texto enviado por Fernando Mineiro - fernando-mineiro@br.inter.net |
Esta mensagem é oferecida por: Motivação em Rede
19 de mar. de 2009
Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco - Recife)
¨Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se
encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto
plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o
artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas
com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco
átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios
de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O
substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem
ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se
insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as
reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o
substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco
tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador
recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára
justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão
verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram
alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave
e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo
para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele
começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu
forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos
os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo
seu ditongo crescente: abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que
nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise
quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e
sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente
oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela
totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias,
parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns
minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto,
ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ela era
um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome
do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a
porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele
tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois,
que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e
exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica,
ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e
declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora
por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu
adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem
comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois,
com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado
para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o
ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma
mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de
um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria
com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido
depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto
final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo,
jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua
portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa
conclusiva."
17 de mar. de 2009
* CRISE MUNDIAL *
Texto atribuído ao Neto, MENTOR MUNIZ NETO, diretor de criação e sócio da Bullet, uma das maiores agências de propaganda do Brasil,sobre a crise mundial.*
*"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado? *
*É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.*
*Os slides se sucedem.*
*Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.*
*Durante décadas, vimos essas imagens.*
*No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.*
*A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.*
*Dizem que 40 bilhões de dóares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.*
*Resolver, capicce?
Extinguir.*
*Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.*
*Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.*
*Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.
Bancos e investidores.**
Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar... *
*Se quiser, repasse, se não, o que importa? *
*"O nosso almoço tá garantido mesmo**.."*
Puculando...
Desesperado, o chefe olha para o relógio, e já não
acreditando que um funcionário chegaria a tempo de
fornecer uma informação importantíssima para uma reunião
que estava começando, liga para o dito cujo:
- Alô! - atende uma voz de criança, quase sussurrando.
- Alô. Seu papai está?
- Tá... - ainda sussurrando.
- Posso falar com ele?
- Não. - disse a criança bem baixinho.
Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum outro
adulto:
- E a sua mamãe? Está aí?
- Tá.
- Ela pode falar comigo?
- Não. Ela tá ocupada.
- Tem mais alguém aí?
- Tem... - sussurra.
- Quem?
- O "puliça".
Um pouco surpreso, o chefe continua:
- O que ele está fazendo aí?
- Ele tá conversando com o papai, com a mamãe e com
o "bombelo"...
Ouvindo um grande barulho do outro lado da linha, o
chefe
pergunta assustado:
- Que barulho é esse?
- É o "licópito".
- Um helicóptero!?
- É. Ele "tloce" uma equipe de busca.
- Minha nossa! O que está acontecendo aí ? - o chefe
pergunta, já desesperado.
E a voz sussurra com um risinho safado:
- Eles tão me "puculando"...
...Nany...
16 de mar. de 2009
RETROCESSO
O visitante estranhou porque, quando o levaram para conhecer a sala de aula do futuro, não havia uma professora – robô, mas duas. A única diferença entre as duas era que uma era feita totalmente de plástico e fibra de vidro – fora, claro, a tela do seu visor e seus componentes eletrônicos – e a outra era acolchoada. Uma falava com as crianças com sua voz metálica e mostrava figuras, números e cenas coloridas no seu visor, e a outra ficava quieta num canto. Uma comandava a sala, tinha resposta para tudo e centralizava a atenção dos alunos, que pareciam conviver muito bem com a sua presença dinâmica, a outra dava a impressão de estar esquecida ali, como uma experiência errada.
O visitante acompanhou, fascinado, uma aula como ela seria num futuro em que o computador tivesse substituído o professor. O entendimento entre a máquina e as crianças era perfeito. A máquina falava com clareza e estava programada de acordo com métodos pedagógicos cientificamente testados durante anos. Quando não entendiam qualquer soisa as crianças sabiam exatamente que botões apertar pra que a professora – robô repetisse a lição ou, em rápidos segundos, a reformulasse, para melhor compreensão ( As crianças do futuro já nasceram sabendo que botões apertar).
- Fantático – comentou o visitante
- não é? – concordou o técnico, sorrindo com satisfação.
Foi quando uma das crianças, errando o botão, ´rendeu o dedo no teclado da professora – robô. Nada grave. O teclado tinha sido cientificamente preparado para não oferecer qualçquer risco aos dedos infantis. Mesmo assim, doeu, e a criança começou a chorar. Ao captar o som do choro nos seus sensores, a professora – robô desligou-se automaticamente. Exatamente, ao mesmo tempo, o outro robô acendeu-se automaticamente. Dirigiu-se para a criança que chorava e a pegou no colo acolchoado e dizendo palavras de carinho e conforto numa voz parecida com a do outro, só que menos metálica. Passada a crise, a criança, consolada e reestabelecida, foi colocada no chão e retomou seu lugar entre as outras. A segunda professora – robô voltou para o seu canto e se desligou enqunto a primeira voltou a vida e à aula.
_ Fantástico – repetiu o visitante.
_ Não é – concordou o técnico, ainda mais satisfeito
_ Mas me diga uma coisa... – começou a dizer o visitante.
_ Sim?
_ Se entendi bem, o segundo robô só existe para fazer a parte mais digamos, maternal do trabalho pedagógico, enquanto o primeiro faz a parte técnica.
_ Exatamente.
_ Não seria mais prático – sugeriu o visitante – reunir as duas funções num mesmo robô?
_ Imediatamente o visitante viu que tinha dito uma bobagem. O técnico sorriu com com condescendência.
_ Isso – explicou – seria um retrocesso.
_ Por quê?
_ Estaríamos de volta ao ser humano!
E o técnico sacudiu a cabeça, desanimado.
Decididamente, o visitante não entendia de futuro.
Luis Fernando Veríssimo.
12 de mar. de 2009
VIVER NÃO DOI
Carlos Drumond de Andrade
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos, por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante
e paga pouco, mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim
que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
5 de mar. de 2009
Auxílio Mútuo
2 de mar. de 2009
UM POTE RACHADO
Um carregador de água levava dois potes grandes, pendurados em cada ponta de
uma vara, sobre os ombros. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o
outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada
entre o poço e a casa do Mestre; o pote rachado chegava sempre pela metade.
Assim foi durante dois anos. Diariamente, o carregador entregava um pote e
meio de água na casa de seu Mestre. O pote perfeito estava orgulhoso de suas
realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e
sentia-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do trabalho
que deveria fazer. Um dia decidiu e falou para o homem, à beira do poço:
"Estou envergonhado, e quero pedir-te desculpas."
"Por quê?" Perguntou o homem. - "De que estás envergonhado?"
"Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga,
porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho
até a casa de teu senhor. Por causa do meu defeito, tens que fazer todo esse
trabalho, e não ganhas o salário completo dos teus esforços."
O homem ficou triste pelo sentimento do velho pote, e disse-lhe amorosamente:
"Quando retornarmos para a casa de meu senhor, quero que admires as flores ao longo do caminho."
De facto, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao longo de todo o caminho, e isto alegrou-o. Mas, ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.
Disse o homem ao pote:
"Notaste que pelo caminho só havia flores no teu lado? Eu, ao conhecer teu
defeito, transformei-o em vantagem. Lancei sementes de flores no teu lado do
caminho, e cada dia, enquanto voltamos do poço, tu as regas. Por dois anos
eu pude colher flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Se não fosses do
jeito que és, meu Mestre não teria essa beleza em sua casa."
Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos
potes rachados.
Se permitirmos, o Senhor vai usar estes nossos defeitos para embelezar a mesa de Seu Pai.
Na grandiosa economia de Deus, nada se perde.
Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos; se o reconhecermos, eles
poderão proporcionar beleza.
Das nossas fraquezas, podemos tirar forças.
Plantando um Sonho!
Citação:
Os pensamentos são considerados os movimentos do coração
Portanto se vc ama seu coração vigiai vossos pensamentos!!!